Tudo o que não foi, será!

Ninguém sabe exatamente como será o futuro. Mas, com certeza, as mudanças que a sociedade do novo milênio irá experimentar são bastante grandes. É assim
que Alvin Toffler, um dos mais renomados futurólogos da atualidade, tenta explicar o que ele chama de sociedade de informação da Terceira Onda.

Dentre as inúmeras transformações que já estamos vivenciando, podemos destacar algumas que, na nossa visão, são extremamente importantes.

1) AS MUDANÇAS POLÍTICAS – O NOVO PAPEL DO ESTADO

Na chamada sociedade industrial, podemos observar que os conflitos econômicos tinham grande domínio na política. Hoje, cada vez mais, estes conflitos econômicos dividem espaço com problemas culturais, étnicos, religiosos e de diferenças culturais que, muitas vezes assumem importância maior que a questão econômica. A queda do muro de Berlim e a dissolução da antiga URSS são bons exemplos.

O nacionalismo começa a ceder espaço para questões regionais e também transnacionais e, se antes os conflitos eram marcados por maiorias contra minorias, hoje isto deixou de ser regra, e já não é raro percebermos conflitos entre as próprias minorias.

Nesta visão é interessante notarmos que os movimentos de massa – que muitas vezes simbolizavam uma pseudo-democracia – começam a ser gradativamente substituídos por movimentos onde temos uma coalizão temporária de minorias, que se juntam para lutarem por objetivos comuns.

É o caso, por exemplo, de movimentos de negros, de homossexuais e feministas se unindo para defenderem maior respeito às liberdades civis. Na Infoera o papel do Estado também sofre profundas modificações. Durante muito tempo tivemos um Estado grande, com forte domínio burocrático da função pública. Hoje, o enxugamento do Estado e a redução da burocracia são, mais do que palavras de ordem, uma ansiedade social.

Nesta mesma linha, Toffler afirma que a democracia indireta passa a ser transformada em democracia semi-direta, mais representativa. Esta nova forma
de democracia também é sentida quando vemos que os partidos políticos começam a perder sua força, deixando de ser a única instituição de representação social.
Cada vez mais vemos o crescimento das ONG’s como forma de representar as visões, causas e ideologias de diversos grupos. Estas ONG’s não apenas representam os vários grupos sociais como o fazem de maneira mais interativa e direta, já que os canais de comunicação e participação são maiores.

Nesta nova ordem, as próprias representações simbólicas sofrem alterações. Se antes os símbolos de poder eram associados ao poder político e econômico –
incluindo a base tecnológica – na Infoera estes símbolos são cada vez mais associados aos que detém o conhecimento e o controle das comunicações.

Nesta nova sociedade, até mesmo a corrupção sofre mudanças, deixando de ser amadora e assumindo características bem mais sofisticadas e, muitas vezes, de
abrangência transnacional.

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